domingo, 6 de setembro de 2009

Afrodite

Deusa do amor e da beleza. Na lenda de Homero, ela é dita como sendo a filha de Zeus e Dione, uma de suas consortes, mas na Teogonia de Hesíodo, ela é descrita como nascida da espuma do mar a partir do falo de Urano lançado no oceano e, etimologicamente, seu nome quer dizer "erguida da espuma." De acordo com Homero, Afrodite é a esposa de Hefaístos, o deus das artes manuais. Seus amantes incluem Ares, deus da guerra, que posteriormente foi representado como seu marido. Era a rival de Perséfone, rainha do mundo subterrâneo, pelo o amor do belo jovem Adônis. Talvez a lenda mais famosa sobre Afrodite diga respeito à causa da Guerra de Tróia. Eris, a personificação da discórdia - a única deusa que não foi convidada ao casamento de Peleu e da ninfa Tétis - ressentida com os deuses, arremessou uma maçã dourada no corredor onde se realizava o banquete, sendo que na fruta estavam gravadas as palavras "à mais bela." Quando Zeus se recusou a julgar entre Hera, Atena, e Afrodite, as três deusas que reivindicaram a maçã, elas pediram à Páris, príncipe de Tróia, para fazer a premiação. Cada deusa ofereceu à Páris um suborno: Hera, prometeu-lhe que seria um poderoso governante; Atena, que ele alcançaria grande fama militar; e Afrodite, que ele teria a mulher humana mais linda do mundo. Páris declarou Afrodite como a mais bela e escolheu como prêmio Helena, a esposa do rei grego Menelau. O rapto de Helena por Páris foi a causa da Guerra de Tróia.

A Poderosa Lilith - parte 2

Se Eva se acusou de ter atraído a morte, o pecado e a tristeza ao mundo, Lilith já era demoníaca desde que foi criada. Lilith surgiu do intento de compreender a difrença entre os mitos da criação de Gênesis, já que em sus primeira história em Gênesis 1, homem e mulher são criados iguais e conjuntamente, enquanto na segunda história, em Gênesis 3, a mulher é criada depois do homem e a partir de seu corpo. Segundo as lendas, Lilith era a primeira esposa, que era bem pior que a segunda. No entanto, a figura escolhida para desempenhar esse papel na lenda judia era originariamente suméria, a resplandecente "Rainha do Céu", cujo nome "Lil" significava "ar" ou "tormenta". As vezes se tratava de uma presença ambígua, amante dos "lugares selvagens e desabitados", associada também com o aspecto obscuro da Deusa Inanna e com sua irmã Ereshkigal, Rainha do Mundo Subterrâneo". Aparece pela primeira vez no poema sobre Inanna, quando o herói Gilgamesh tala a árvore de Inanna:


"Gilgamesh golpeou a serpente que não podia ser encantada.
O pássaro Anzu voou com suas crias às montanhas;
e Lilith aniquilou seu lar e retirou-se aos lugares selvagens e desabitados."

"Lil" também era a palavra sumero-acádia que designava a "tormenta de pó" ou "nuvem de pó", um termo que também se aplicava aos fantasmas, cuja forma era uma nuvem de pó e cujo o alimento era supostamente o pó da terra. Na língua semítica "liliatu" era então "a criada de um fantasma", porém prontamente se fundiu com a palavra "layil", "noite", e se converteu em uma palavra que se designava a um demônio noturno.

A "lílít" do texto hebraico se traduz na versão grega de Septuaginta e por Lamia na Vulgata latina de São Jerônimo. As "lamiae" são muito conhecidas nas tradições gregas e latinas, como monstros voadores noturnos, que sempre aparecem sob o aspecto de pássaros. A maioria dos autores, afirma que as lamias são monstros femininos que devoram homens e crianças. Portanto, as lamias e Lilith têm muitos pontos em comum e foram convertidas em "vampiras".

No mito hebreu, Lilith, portanto, acumulou sem descanso todas as associações à noite e à morte. é possível que a imagem hebréia de Lilith se baseasse nas imagens de Inanna-Isthar como Deusa das grandes alturas e de grandes profundidades, porém, compreensivelmente rebaixada ao ser percebida desde o ponto de vista de um povo deportado à BABILÔNIA.

Só há uma referência à Lilit, como coruja, no Antigo Testamento. É encontrada no meio de uma profecia de Isaías. No dia da vingança de Yahvé, quando a terra se envolverá num deserto,"e um sátiro chamará o outro; também ali repousará Lilith e nele encontrará descanso." Inanna e Isthar eram chamadas de "Divina Senhora Coruja" (Nin-nnina Kilili). Isso pode explicar de onde provêm Lilith e porque era representada como uma coruja.

Uma versão da Criação de Lilith na mitologia Hebréia conta que Yahvé fez Lilith, como a Adão, porém no lugar de usar terra limpa, "tomou a sujeira e sedimentos impuros da terra, e deles formou uma mulher. Como era de se esperar, essa criatura resultou ser um espírito maligno". Lilith se converteu a posteriori na primeira esposa de Adão, cuja presença original nunca terminou de eliminar-se totalmente de de seu segundo matrimônio. O que falhou no primeiro foi obviamente a independência de Lilih e sua igualdade com Adão, por isso depois criou-se Eva. Em conseqüência, a lenda tacha de insubordinação a atitude por parte de Lilith, pois, segundo a história, se negava a aceitar seu "lugar apropriado" que aparentemente era permanecer debaixo de Adão durante a relação sexual:

-"Porque teria que ficar debaixo de ti quando sou tua igual, já que ambos fomos criados de barro?", pergunta ela.

Adão não sabe contestar essa pergunta, de maneira que, pronunciando o nome mágico de Deus e Lilith se foi voando pelos ares até o Mar Vermelho. Ali dá à luz a mais de 100 demônios por dia

Adão fala de sua esposa a Yahvé, e esse enviou a sua procura os três anjos Senoi, Sansenoi e Samanglof, que a encontraram nas margens do Mar Vermelho, onde mais tarde as tropas egípcias seriam engolidas por ordem de Moisés.

Lilith se negou a voltar a ocupar seu lugar junto de Adão e ameaça dizendo que possui poder de matar crianças. Então os anjos tentaram afogá-la no Mar Vermelho, porém Lilith advogou em causa própria e salvou sua vida com a condição de jamais causar dano a uma criança recém-nascida de onde viera seu nome escrito.

Finalmente Yahvé deu a Lilith, Sammael (Satã), e ela foi a primeira das quatro esposas do diabo e a perseguidora dos recém-nascidos.

Mas, em conseqüência dessa fala, a ordem divina se converteu no centro de todas as fantasias de terror que provoca a sensação de indefesa. Lilith poderia aparecer em qualquer momento da noite, ela ou algum de seus demônios, para levar uma criança, aterrorizando os pais dos pequenos. Podia também possuir um homem durante o sono. Esse constataria que havia caído debaixo de seu poder se encontrasse restos de sêmen ao despertar. É difícil evitar concluir que Lilith se converteu em uma imagem de desejo sexual não reconhecido, reprimido e projetado sobre a mulher, que se converte em sedutora. Por todos os lugares foram encontrados amuletos contra o "poder" de Lilith.

Através da figura de Lilith, na cultura hebréia, a divisão e polarização próprias da Idade do Ferra da Grande Mãe em seus aspectos, a Deusa que dá a vida e a Deusa que atrai a morte, é levada um pouco mais longe. Ao terror do sofrimento inexplicável que pode manifestar-se sem aviso prévio e se insere uma dimensão nova da demonização da sexualidade.

O mito em Gênesis, estabelece que é a infração do mandamento de Yahvé, e não a sexualidade, a causa da expulsão do Paraíso à condição humana; e o conhecimento do bem e do mal, que alcançaram através da desobediência, tampouco se pode explicar em termos de conhecimento sexual. No entanto, tanto a desobediência como o conhecimento se associaram com a sexualidade porque a primeira coisa que Adão e Eva "viram" quando "seus olhos se abriram" foi que estavam nus. Antes disso, andavam nus e sem vergonha. A nudez, portanto, se converteu em sexualidade pecaminosa, especialmente quando a serpente fálica entra na especulação teológica. Em certas ocasiões a serpente era identificada como Lilith e se desenhava a serpente com um corpo de mulher, interpretando-se que a dita criatura era Lilith. Outras vezes a serpente tinha um rosto como o de Eva. Por esta razão, uma percepção da sexualidade como algo "não divino", invade as lendas de Lilith como aspecto escuro de Eva.

Mas, o papel de Lilith parece não terminar quando se une a Satã, aliás, muito pelo contrário. Segundo Zohar (Hhadasch, seção Yitro, p.29), depois participa da perdição de Adão, ao qual Yahvé (Jehová) concede como segunda esposa a Eva, nascida da sua própria costela, ou seja, à imagem do homem, o reflexo do homem, ou a imagem castrada de Adão. "Depois de que o Tentador (Sammael) houvera desobedecido ao Santíssimo, bendito seja, o Senhor o condenou a morrer". A Cabala faz eco desta tradição (Livro Emek-Ammelehh, XI), que Sammael será castigado: "Esse dia, Yahvé visitará com sua terrível espada a Leviatã, a serpente insinuante, que é Sammael, e a Leviatã, a serpente sinuosa, que é Lilith.

Esse texto nos diz que tão somente Lilith está incluída no castigo junto com Sammael e não as outras três esposas e que, Lilith também apresenta o aspecto de serpente. O que se conclui é que Lilith está reprimida no inconsciente e, quando surge, coloca a sociedade paternalista em xeque. Assim, quando Eva convida Adão para comer a maçã, é das mãos de Lilith que a receberá.




LILITH, MÃE DE ADÃO?

Pode parecer até exagerado achar que Lilith foi mãe de Adão, mas Adão tinha que ter uma mãe, senão não seria humano. E, se Adão não conheceu uma mãe material, deveria ter a imagem dela para si mesmo. Talvez seja por esse motivo que o nome de Lilith tenha desaparecido do texto oficial da Bíblia. Estaria em desacordo com as normas cristãs Adão ter uma mãe e essa mãe ter sido sua esposa. E a rejeição de Lilith pela companhia de Adão, não poderia ser interpretada como um desmame? De todas as formas, a equivalência de esposa e mãe existe. "A noção de proibição havia sido deslocada do jogo genital ao feito de chupar o peito (comer a maçã)... O verdadeiro sentido é: "podemos comer da maçã, porém está proibida para o filho que tenha contato sexual com sua mãe"...

Quem é Lilith então? Para Adão é um primeiro objeto de amor, do qual deve acordar-se e descobrir seu sexo." Ou seja, Lilith representa o primeiro estágio de desenvolvimento de Adão, chamado matriarcal e governado pelo arquétipo da "mãe", que será seguido pelo estágio patriarcal, no qual o arquétipo do pai será dominante. A expressão "estágio patriarcal" significa que Adão alcançou um nível de desenvolvimento do ego e da consciência no qual se dá uma importância crescente à vontade, à atividade, ao aprendizado e aos valores transmitidos pelo mundo. Entretanto, sem a separação, que levará Lilith para longe, Adão não poderia se desenvolver e se tornar adulto. Mas nessa transição da fase matriarcal para a patriarcal, o arquétipo anteriormente dominante da mãe é constelado de tal modo que seu lado "negativo" aparece. O arquétipo da fase a ser superada aparecerá como a "Mãe Terrível". Lilith começa então a provocar medo, porque representa o elemento que "reprime" e que dificulta o desenvolvimento necessário e devido. Por isso é transformada novamente na serpente é a antítese da energia ascendente do desenvolvimento do ego, tornando-se então, símbolo de estagnação, regressão e morte.

Lilith com rabo de serpente era a imagem da divindade andrógina, antes da criação, ou seja, antes do aparecimento do desejo, antes da separação do ser primitivo e absoluto, portanto, equivalente ao nada, de acordo com as teses de Hegel. Essa imagem representa a reminiscência da Lilith primitiva. Porém ela se converteu em pássaro noturno e alçando vôo desapareceu entre as trevas. Sua segunda forma, como corresponde a uma imagem desprovida de elementos terrestres, é uma forma para ficar na memória. O mito não é teológico, é essencialmente social. Em uma sociedade paternalista, Lilith é reprimida para dar lugar a Eva. Portanto, Eva representa a mulher moldada pelo homem.

Eva, entretanto, é uma mulher incompleta, lhe falta algo: o aspecto de Lilith que toma as vezes, quando se rebela, o aspecto que irá tomar Eva ao comer a maçã.

A Eva, como mulher, está totalmente alienada, não é nada mais do que a imagem castrada de Jehová e de Adão e não a imagem da parte feminina de Deus. Eva é uma mulher muda, a sombra de uma mulher, quase um fantasma. A mulher real é Lilith.

LILITH, O LADO ESCURO DA LUA

Cuidadosamente apagada da Bíblia cristã, Lilith permanece como símbolo de rebelião à repressão do feminino na psique e na sociedade. O mito Lilith mostra bem a passagem do matriarcado para o patriarcado.

Tanto na literatura ortodoxa como na apócrifa, a sombra de Lilith seguiu cercando as mulheres até o século XV d. C. Nessa época, e utilizando as mesmas imagens incorporadas em Lilith, milhares delas foram acusadas de copular com o demônio, matar crianças e seduzir homens, ou seja, de serem bruxas.

Textos da literatura judia de fontes apócrifas, não incluídos no canon ortodoxo do Antigo Testamento, contêm passagens como a seguinte:

"As mulheres são o mal, filhos meus: como não têm o poder nem a força para enfrentar o homem, usam truques e intentam enganá-lo com seus encantos; a mulher não pode dominar pela força o homem, porém o domina mediante a astúcia. Pois certamente a anjo de Deus me falou sobre elas e me ensinou que as mulheres se entregam mais ao espírito de fornicação que o homem, e que tramam conspirações em seus corações contra os homens; com sua forma de adornar-se primeiro lhes fazem perder a cabeça, e com uma olhada inoculam o veneno, e logo durante o próprio ato os fazem cativos; pois uma mulher não pode vencer o homem pela força. Assim que evitai a fornicação, filhos meus, e ordenem a vossas esposas e filhas que não adornem suas cabeças e seus rostos, pois a toda mulher que usa truques desse tipo estará reservado o castigo eterno".

Esse exemplo nos mostra como um mito, se for entendido e concebido de forma literal, pode criar um prejuízo e converter-se em uma doutrina que se declara a si mesma uma verdade divinamente revelada. É conveniente lembrar que Jesus não aprovou nem o mito nem suas implicações, nem os costumes patriarcais referentes as mulheres, muito pelo contrário. Foram transmitidas ao Novo Testamento através dos escritos de Pablo, e assim fizeram sua entrada na doutrina formal cristã.

LILITH E ADÃO/EVA

Enquanto Lilith é descrita como forma negativa, Eva, ao contrário, é apresentada em suas belezas e ornamentos. Adão não a recusa por vê-la como ossos dos seus ossos. Mas Eva carregará a culpa pela perda do paraíso.

E, esta é a informação que nos é passada pelo catolicismo, isto é, que a mulher possui uma imperfeição inerente, devida a sua natural inferioridade e sua incapacidade de distinguir o bem do mal. Tais afirmações foram codificadas no psiquismo feminino, fazendo com que todas as mulheres se tornassem estigmatizadas com esta identidade negativa. Foi deste modo, que o feminino se viu reduzido ao submisso e ao incapaz. A submissão foi então, imposta culturalmente a todas as mulheres, que distorceu intencionalmente os aspectos femininos, com o intuito de reprimir e estabelecer uma sociedade patriarcal.

Lilith, portanto, desobedece à supremacia de Adão, Eva, assumindo seu arquétipo Lilith, desobedeceria à proibição. Lilith, nada mais é, do que o lado sombrio de Eva, daí o porque das qualidades terríveis que são atribuídas a ela. Todo mal que lhe é atribuído está em sua desobediência, ao seu "não" a submissão.

Criada ao pôr do sol, Lilith é noturna, e por isso lhe foi atribuída a qualidade de vampiro. Lilith, ou as projeções do mito eram descritas em suas características eróticas, sensuais, mas quase sempre misturadas com características horrendas, partes animalescas, sobretudo nas extremidades.

A tradição de Lilith é a tradição da rejeição à Adão. O não de Adão, como já observamos, deveu-se não só ao caráter demoníaco de Lilith, mas também a exigência do desenvolvimento do ego de Adão.

A serpente-demônio, ou o próprio demoníaco que existe em Lilith, impele a mulher a "fazer algo" que a sociedade paternalista não permite.

Lilith é o arquétipo da mulher indomada, que luta apaixonadamente pelo poder pessoal. Suas características são destemor, força, entusiasmo e individualismo. Ela é atividade e exuberância emocional. Para as religiões patriarcais, é a personificação da luxúria feminina, uma inimiga das crianças que atua de noite, semeando o mal e a discórdia. Em Isaias, ela é chamada de "a coruja da noite". No Zohar, é descrita como "a prostituta, a maligna, a falsa, a negra".Lilith aparece em nossas vidas para nos dizer que é hora de assumirmos o nosso poder. Você tem medo de assumi-lo? Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"? Tem medo de perder sua feminilidade se tiver o poder em suas mãos? Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros quando estiver em exercício de seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros? Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligada ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar este poder.



RITUAL DE PODER
CERIMÔNIA DE CORTAR A CORDA

Este ritual é excelente, eu já o realizei e consegui ativar poderes interiores antes, totalmente ignorados. Você deve realizá-lo de acordo com o ciclo lunar. O tempo certo para você colocar as cordas é um dia depois da entrada da LUA CHEIA (sempre à noite). Para cortá-las é no dia em que entra a LUA NOVA (sempre à noite). Cuide para não errar a lua, pois pode fazer muita diferença!

Para esta cerimônia você precisará de uma corda ou barbante, uma tesoura e um queimador de incenso e um caldeirão ou uma fogueira. O ritual pode ser feito a sós ou com um grupo de pessoas.



Deverá ter em mente três situações em que foi-lhe solicitado o uso de poder, mas você não conseguiu exercê-lo, por medo, insegurança, crenças ou qualquer outro motivo. Em seguida agende a data para colocar as cordas.

Você deve traçar um círculo (com pedras, sal ou o que achar melhor). Abra os portais e peça gentilmente que seu animal de poder esteja presente. Quando estiver pronta(o) pegue a corda e corte do tamanho que corresponda ao lugar do corpo que pretende amarrá-la. Por exemplo, se você está com algum bloqueio que a (o) está impedindo de caminhar com todo seu poder, você deve amarrar a corda em torno dos tornozelos. Se você estiver com problemas de expressão, deve amarrá-la na garganta. Se tem medo de que a sua sexualidade a(o) impeça de manifestar o seu poder, amarre a corda nos quadris. No momento em que estiver amarando a corda, afirme o significado dela. Durante os dias que separam a colocação e o corte das cordas, você deverá diariamente concentrar-se em cada uma delas e no que elas representam, olhando-as e sentindo-as junto à pele.

Na noite de cortar as cordas, peque o queimador de incensos e o caldeirão, fósforos e uma faca ou tesoura. Trace o círculo, acenda o incenso (pode ser de alecrim) e chame seu animal de poder. Você deve tocar selvagemente o tambor e gritar o significado das cordas. Se não quiser chamar a atenção dos vizinhos pode falar mentalmente. Sente-se em frente ao caldeirão e corte as cordas confirmando o significado de cada uma delas. Jogue-as dentro do caldeirão e queime-as. Sinta o fluxo do poder enquanto observa cada uma delas transformar-se em fumaça. Respire fundo e sinta sua nova noção de poder. Se você traçou um círculo, libere o que foi chamado para fazer parte dele com gratidão. Agradeça a Lilith por lhe apontar o caminho para o seu próprio poder.

Em pleno século XXI, o interesse pelo mito da Deusa Lilith, reside na possibilidade de se representar e constituir uma nova mulher, a qual se sente identificada com as figuras evocadas por suas tradições culturais.


 *pesquisa Rose Volpatto














































































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Maria Magdalena parte 2

Maria Madalena é a prostituta mais conhecida da história. Mas pergunta-se, quem era mesmo Maria Madalena?

Todas as incertezas a respeito de Maria Madalena deve-se à uma projeção totalmente alterada. Ela acabou presa entre as incongruências da interjeição moral cristã e a imagem arquetípica da natureza feminina erótica.
Existem poucas citações diretas sobre ela nos quatro evangelhos, porém ela está nominalmente presente nas passagens mais marcantes na vida do Cristo, como a Paixão e a Ressurreição. Ela é a discípula que ama o mestre acima de tudo e é testemunha da Sua Ressurreição, sendo a portadora da Boa Nova. Por isso ela pode ser considerada a primeira apóstola.
Marcos se refere a Maria Madalena como "aquela que Jesus havia tirado sete demônios". Lucas fala de uma mulher que segue Jesus, e que "havia sido curada de espíritos malignos e enfermidades"; se chamava Maria, provinha de uma cidade de Magdala, e Jesus expulsou dela sete diabos. Imediatamente antes disto, Lucas relata a cena com o fariseu, quando uma mulher sem nome lavou os pés de Jesus com suas lágrimas, os secou com seus cabelos e logo o unge, em agradecimento ao perdão por parte de Jesus por seus pecados.
A justaposição nos leva a acreditar que as duas mulheres se identificam em uma só. A mesma história aparece em Mateus e Marcos, mas a mulher sem nome não é tachada de pecadora e lhe foi dada muita importância ao colocá-la na última Ceia, em Betania. Não unge os pés de Jesus, mas sim sua cabeça, de modo mais cerimonial em que se unge os reis, durante a cerimônia de um sacrifício ritual. Ante a indignação dos discípulos, que argumentam que o azeite foi mal gasto, pois poderia ser vendido e dado aos pobres, Jesus pede que sua ação seja considerada como um ato de celebração, dizendo:
-" Porque os pobres tereis sempre convosco, porém a mim não me tereis sempre (Marcos).
João, no entanto, acrescenta uma complicação a mais ao descrever a ressurreição de Lázaro, onde identifica de forma explícita a Maria de Betania com "a que ungiu ao Senhor com perfumes e lhe ungiu os pés com seus cabelos". João relata a cena no capítulo seguinte de forma muito similar aos outros Evangélicos, não tachando Maria como pecadora: "Então Maria, tomando uma libra de perfume de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os secou com seus cabelos. E a casa se encheu do odor do perfume". Porém João não identifica em modo algum a Maria de Betania e a Maria Madalena.
Em outras fontes que não as Escrituras cristãs, já encontramos uma imagem bem diferente de Madalena e sua função.
Nos Evangelhos Gnósticos ela é vista como líder ativa no discipulado de Cristo. Talvez fosse até, uma professora dos apóstolos. O gnóstico "Evangelho de Felipe" relata "a união do homem e da mulher como símbolo da cura e paz, e estende-se ao relacionamento de Cristo e Madalena que, diz ele, era freqüentemente beijada por ele". Ele descreve Maria Madalena como "a companhia mais íntima de Jesus, e símbolo da Sabedoria Divina".
De acordo com o "Diálogo do Salvador", Maria Madalena foi uma dos três discípulos a receber ensinamentos especiais, e era elogiada acima de Mateus e Tomé. Dizia-se que "ela falava como mulher que conhecia o Todo".
Mas, a atenção especial que recebia Maria Madalena, acabou gerando rivalidade entre ela e os outros discípulos. Em "Pists Sophia", há algo a respeito de Pedro irritando-se porque Maria Madalena dominava a conversa com Jesus. Ela parecia entender tudo o que Cristo falava, enquanto os outros, não tinham tanto alcance.Pedro em função disso, temia perder sua posição de liderança na nova comunidade religiosa. Ele exige que Jesus a silencie e é imediatamente censurado. Mais tarde, Maria admite a Jesus que não ousa falar a ele livremente porque, segundo suas palavras: "Pedro faz-me hesitar; tenho medo dele porque ele odeia a raça feminina". Jesus responde que quem quer que o espírito tenha inspirado é divinamente ordenado a falar, seja homem ou mulher.
No "Evangelho de Maria", há uma passagem que os discípulos abatidos com a crucificação, pedem para Maria Madalena que os animassem, contando-lhes coisas que Jesus dissera e ela em particular. Ela fala então, de sua visão de Cristo e o que ele tinha revelado a ela. Todos duvidaram e a rechaçaram.
Nos "Evangelhos Gnósticos", Maria Madalena é considerada uma mulher capaz, ativa, amorosa, com habilidades de conhecer e falar "o Todo", o que talvez seja uma referência à mais alta Sabedoria, certa compreensão que o coração recebe e contém. Maria Madalena possuía a habilidade de saber das coisas inexplicáveis, como sua visão de Cristo. Ela não questionava este seu lado, como os outros. Ela confiava em sua fonte mais íntima. Ela conseguia ver os emissários divinos e transmitir suas mensagens aos humanos. Como prostituta sagrada, ela era mediadora entre o mundo divino e o mundo dos humanos.
Maria Madalena também operava milagres. Conta-se que após ela ver o Cristo ressuscitado, corre para contar aos outros discípulos. No caminho, encontrou Pôncio Pilatos e falou-lhe sobre a maravilhosa novidade.
-"Prove-o", disse Pilatos.
Naquele instante, passou ao seu lado uma mulher que carregava uma cesta de ovos, e Maria Madalena tomou um em suas mãos. Quando ergueu diante de Pilatos, o ovo adquiriu uma cor vermelho-vivo. Como testemunho desse efeito lendário, na catedral em Jerusalém que porta seu nome há uma estátua de Maria Madalena segurando um ovo colorido.
Aliás, o ovo é um símbolo muito apropriado para este contexto histórico, porque ele simboliza uma nova vida. Ovos coloridos ainda hoje são usados com semelhante simbolismo em nossa Páscoa.
Cultuar seus símbolos é uma forma de evocarmos os auspícios de Maria, e meditar sobre eles é uma forma de penetrar em seus mistérios.
Desde o início da Idade Média, Santa Maria Madalena tem fervorosa devoção, principalmente na Europa, de todos os destituídos, prostituídos, pecadores e despossuídos, que estão em busca de um verdadeiro arrependimento. Várias instituições foram criadas levando o seu nome, para o acompanhamento e orientação, principalmente, de mulheres vítimas da prostituição.
Diz a lenda, que após a volta do Cristo para junto de Seu Pai, Maria Madalena partiu em busca do isolamento, chegou até a costa francesa, passando o resto de sua vida em penitência e adoração ao Cristo, habitando em uma gruta. Como não se alimentava, anjos vinham constantemente em seu socorro, até que veio a falecer e sua alma foi levada por um cortejo de anjos, para o céu, junto ao seu Salvador. Em 1279 seu corpo apareceu milagrosamente na cripta da igreja de St. Maximin, em Aix-en-Provence.
Mas, Maria Madalena não é só lembrada por sua renúncia a sexualidade. Em a "Leyenda Áurea", Jacobo de Vorágine a descreve como a Mãe dos Reis e dos merovíngios, governadores da França, anteriores à Carlos Magno, reivindicarão que descendiam dela. Dado que acreditavam que era consorte de Jesus, na realidade estavam dando a entender que descendiam de Deus.
Em quadros renascentistas , uma das imagens mais características de Maria Madalena é uma mulher chorosa com um jarro de azeite de ungir em uma das mãos. Essa imagem a seguiu em forma de lenda até Provenza, onde lhe foi dedicado um santuário que se ocultava em uma brecha de uma montanha, na cova de Sainte Baume, perto de Saint Maximin. Foi proclamada a existência de suas relíquias em numerosos lugares no sul da França; se acreditava que as três Marias, junto com Marta e Lázaro, chegaram em uma barca à um lugar que se deu seu nome. "Les Saintes Maries de la Mer". A imagem do pranto se considerava uma das qualidades que definiam Maria Madalena: o vocábulo inglês "maudlin" (sensível, chorão) que passou à língua inglesa através da francesa, é uma derivação de seu nome.
Maria Madalena, parece ter sido a antítese de Maria, ou seja, como se a maternidade virginal, necessita-se da mulher que não era casta, porém, cujo "pecado original" havia sido redimido. O erro, que caracteriza a todo pensamento literal, de pensar que um extremo compensará o outro, fala uma vez mais: ambas alternativas terminam por situar-se ao mesmo nível. Tanto virgem como prostituta são consideradas em termos plenamente sexuais e a diferença é, a final, só uma diferença entre distintos tipos de serviços. No entanto, termina por ser Maria Madalena, e não Maria a Mãe, quem transcende sua definição doutrinal: é ela quem chorará e preparará o corpo sem vida de Jesus e é ela quem presencia todas as fases do drama da transformação. É ela, portanto, a mediadora entre o mistério da ressurreição e o entendimento ordinário dos discípulos, que consideram que o relato que ela lhes conta é o relato de seu Senhor.
Maria Madalena como vemos, continua sendo uma figura proeminente na tradição cristã por uma razão psicológica. A dimensão arquetípica da natureza feminina erótica elege uma figura para ser a portadora de sua projeção. A questão é que os seres humanos, em sua busca espiritual, têm que encontrar uma imagem do feminino que tenha relação com aspectos eróticos da Deusa. Mas a repressão da sexualidade pelo pai cristão manipulou a imagem de maneira que Maria Madalena fosse vista como penitente, renunciando à sua sexualidade.
Diferentemente do homem antigo, cujo amor pelo erótico era considerado compatível com a espiritualidade, esses líderes cristãos negaram exatamente o necessário para a renovação da vida.
Maria Madalena é uma figura feminina com que todas nós mulheres podemos nos relacionar sem trairmos a nossa essência. Como uma prostituta sagrada, é capaz de encerrar todos os aspectos dinâmicos e transformadores do feminino: paixão, espiritualidade e prazer A imagem feminina de Maria Madalena, pode ser portadora de muitos outros significados, quando sua natureza plena for restaurada dentro da nossa psique.
A imagem da Deusa divina que personifica os aspectos risonho, radiante, sábio, independente e sensual da natureza feminina existe desde que se tem registros históricos. E pode continuar a existir em nosso tempo se permitirmos que a sua imagem seja restabelecida e que tome seu lugar de direito na compreensão consciente.

Maria Madalena - parte 1


A maioria dos homens acredita que a maior ofensa para uma mulher é ser chamada de "prostituta". A partir deste momento você entenderá com a história da Santa Maria Madalena e outras deusas mitológicas, como esta palavra foi tão depurtada pelo cristianismo. Imagine-se agora, se puder, que estamos viajando no tempo, por terras estrangeiras, alcançando civilizações muito antigas. Com o olho de sua mente veja um templo cintilando de luz. Lá dentro há uma bela mulher coberta de véus, que virá em sua direção dançando. Seus braços são cobertos de braceletes dourados cravados de pedras preciosas e quando passa por você, sentirá um aroma delicioso de flores. Ela é só amor e êxtase. Ela é a nossa prostituta sagrada que se entrega à Deusa e aos estranhos cansados de viver que vão até o templo venerar a Deusa do amor.
Esta imagem fenomenal que contemplamos em nossa imaginação, já foi uma realidade em tempos muito antigos. Inscrições antigas desenterradas de templos, nos contam com mais detalhes destas cerimônias religiosas que eram celebradas em honra a Deusa do amor e da fertilidade. Quem ainda hoje não se encanta com a beleza da nudez de Afrodite?
Mas, quando a prostituição sagrada existiu, as culturas eram embasadas no sistema matriarcal. Nestes tempos, natureza e maternidade eram prioridade, pois tinha-se um mundo imenso para povoar. Entretanto, a natureza sexual dos homens era tida como uma atitude religiosa. Na Babilônia, todas as virgens, antes de casar, eram iniciadas na feminilidade através da prostituição em templos sagrados. Matronas romanas, da mais alta aristocracia, iam ao templo Juno Sospita para entrar no ato de prostituição sagrada quando era necessária uma revelação.
Independentemente de onde vinham, por uma origem real ou comum, por uma noite ou toda a vida, as prostitutas sagradas eram nesta época, muito numerosas. Todas elas gozavam de "status" social e eram muito cultas, pois passavam por iniciações e muito estudo. A maioria delas, eram política e legalmente iguais aos homens. No Código de Hamurábi, uma legislação especial salvaguarda os direitos e o bom nome da prostituta sagrada. Ela era protegida contra difamações, assim como seus filhos. Também por lei, a prostituta sagrada podia herdar propriedades de seu pai e receber renda da terra trabalhada de seus irmãos. Se insatisfeita, ela podia dispor da propriedade da maneira que julgasse conveniente.
Avançando alguns passos de tempo à frente já encontramos a imagem da prostituta sagrada totalmente deturpada. Foi exatamente quando o sistema matriarcal evoluiu para o patriarcal e patrilinear. Mas este trunfo do patriarcado não foi resultado de uma revolução violenta. Foi com o surgimento da política, do militarismo e do comércio que gerou-se a estratificação social. A mulher passou à condição de subordinada porque seus papéis deixaram de ser importantes para os novos valores. À medida que as conquistas foram acontecendo, um enorme número de povos foram se mesclando e as divindades de uma foram incorporadas à outra. Imagine a quantidade de deusas e deuses que eram cultuados. Ficou então resolvido, que o melhor seria criarem somente um Deus Supremo, para ser adorado. Do ponto de vista patriarcal, ele deveria logicamente ser masculino. Foi assim, que o homem criou novas doutrinas religiosas, de acordo com suas crenças na supremacia masculina. Deste modo, os antigos templos do amor, deram lugar à casa do Senhor, deslocando radicalmente os papéis das mulheres nos ritos religiosos.
Sob à nova tradição, a mulher tornou-se Eva, a encarnação da sedução, a ruína do homem. Sua simples existência era advertência para os desejos físicos, aos quais era necessário resistir mediante o medo de punição eterna. As mesmas qualidades pelas quais as mulheres foram outrora consideradas sagradas, agora são a razão para as degradarem.
Em nome do Senhor o homem começou a destruir todos os vestígios da Deusa e de sua defesa da felicidade sexual. Até o casamento não tinha mais como finalidade o prazer sexual, mas a criação de novas almas para adorar a Deus. Todo o prazer foi tirado da natureza humana e considerado pecado.
Com estas mudanças, as mulheres deixaram de ser consideradas em pleno gozo de seus direitos. A lei romana colocava a mulher sob sua tutela e afirmava que ela era imbecil. Na Grécia, as leis de Sólon não lhes davam direito algum. A lei hebraica condenava a mulher à morte caso não fosse casta na época de se casar e, se cometesse adultério, era apedrejada até a morte.
Essas novas leis são a antítese das atitudes em relação à mulher e à sua natureza sexual, as quais prevaleceram durante as eras em que a deusa era venerada.
Pois é neste contexto histórico que surge a nossa Maria Madalena

A Bela e polemica Lilith - parte 1

Na origem de todos os povos do mundo sempre existiu a tradição de um casal fundador da raça humana. A maioria são casais-deuses, exceto nas religiões patriarcais, como a cristã, onde um único Deus masculino formou todas as coisas e seres.

Entretanto, ao estudar a espiritualidade hebraica, através da Cabala, nos é ensinado que o grande deus monoteísta não é do sexo masculino, mas é completo em si mesmo, o que existem são divisões de gênero, inclusive é uma insolência lhe dar aspecto humano, pois sua essência é luz pura. E desde quando luz tem sexo?
Mas como sabemos vivemos num mundo bipolar e é por isso que nossa Divina Arquiteta teve a iluminada idéia de semear o amor no terreno fértil de nossos corações, para que pudéssemos andar lado a lado, sempre em casais e nunca sozinhos.
Ao se estudar Carl Jung descobriremos que dentro de cada homem há uma mulher (anima) e em cada mulher há o princípio masculino (animus). Este eterno jogo de yin-yang se ajusta e se completa. Portanto, nenhum indivíduo é inteiramente masculino ou inteiramente feminino.
Cada um de nós é composto dos dois elementos e esses dois constituintes estão freqüentemente em conflito. O princípio feminino ou "Eros" é universalmente representado pela Lua e o princípio masculino ou "Logos" pelo Sol. O mito da criação no Gênesis afirma: Deus criou duas luzes, a luz maior para reger o dia e a luz menor para reger a noite. O Sol como princípio masculino é o soberano do dia, da consciência, do trabalho e da realização, do entendimento e da discriminação conscientes, o Logos.
A Lua, o princípio feminino é a soberana da noite, do inconsciente. É a deusa do amor, controladora das forças misteriosas que fogem à compreensão humana, atraindo os seres humanos irresistivelmente um para o outro, ou separando-os inexplicavelmente. Ela é o Eros, poderoso e fatídico e totalmente incompreensível.




Na natureza, o princípio feminino ou a deusa feminina mostra-se como uma força cega, fecunda, cruel, criativa, acariciadora e destruidora.
É a fêmea das espécies mais mortal que o macho, feroz em seu amor como também com seu ódio.
Esse é o princípio feminino na forma demoníaca. O medo quase universal que os homens têm de cair sob o domínio ou fascinação de uma mulher e a atração que esta mesma servidão têm para eles, são evidências de que o efeito que uma mulher produz num homem é, em geral realmente de caráter demoníaco.
Essa imagem repousa tão somente, na natureza da própria "anima"do homem ou alma feminina, sua imagem interior do feminino. A "anima"' não é uma mulher, mas um espírito de natureza feminina, que reflete as características do lado demoníaco, tanto glorioso, como terrível. Na vida cotidiana o homem não entra diretamente em contato com o princípio masculino duro, predatório, mas encontra-o sob a máscara humana, mediado pela sua função superior.
Mas o feminino dentro dele não é mediado através de uma personalidade humana culta e desenvolvida.
O princípio feminino, a Deusa Lua, age sobre ele diretamente do inconsciente, aproximando-se como um traidor que vem de dentro. Não é de admirar tanto medo e desconfiança!

Hera


Rainha dos deuses, a filha dos Titãs Cronos e Réia, e a irmã e esposa de Zeus. Hera era a deusa que protegia o casamento e a protetora de mulheres casadas. Era a mãe de Ares, deus da guerra; Hefaístos, deus do fogo; Hebe, deusa da juventude; e Eileitia, deusa do parto. Hera era uma esposa ciumenta, que freqüentemente perseguia as amantes de Zeus e seus respectivos filhos. Ela nunca esquecia uma ofensa e era conhecida por sua natureza vingativa. Zangada com o príncipe Páris por preferir Afrodite, deusa do amor, a si, a deusa ajudou os gregos na Guerra de Tróia e não sossegou até que Tróia fosse destruída. Hera freqüentemente é identificada com a deusa romana Juno.

Hécate




Deusa da escuridão, a filha do Titã Pérses e Astéria. Diferente de Ártemis, que representava o luar e o esplendor da noite, Hécate representava a sua escuridão e seus terrores. Em noites sem luar, acreditava-se que ela vagava pela terra com uma matilha de uivantes lobos fantasmas. Era a deusa da feitiçaria e era especialmente adorada por mágicos e feiticeiras, que sacrificavam cães e cordeiros negros a ela. Como deusa da encruzilhada, acreditava-se que Hécate e seu bando de cães assombravam lugares lúgubres que pareciam sinistros aos viajantes. Na arte, Hécate era freqüentemente representada tanto com três corpos ou três cabeças e com serpentes em torno de seu pescoço.